domingo, 21 de fevereiro de 2016

Cruel Restaurante

Na rua da Picaria, vindo do largo de Mompilher, encontra do lado esquerdo um dos restaurantes que está a dar que falar desde que abriu no final do Verão de 2015.

Dá que falar, não só pela comida, pelo sitío, pelo serviço, mas sobretudo pela inovação do conceito.

Já não se trata só de almoçar ou jantar, trata-se de ter uma experiência diferente, à mesa, com ingredientes de qualidade e conjugações de sabores, texturas e sensações surpreendentes. Todos os nossos sentido serão chamados para a refeição, é o que nos indicia a leitura da ementa.

Se quiser lá ir, o melhor é marcar mesa, e não se livra dos horários que este sector impõe para se jantar ao fim-de-semana, ou às 20h, ou depois das 22h.

Na porta uma cortina, que se abre para a experiência que vamos ter, uma decoração simples, mas muito interessante, com alguns apontamentos vintage, um espaço não muito grande e um ambiente bastante agradável.
O Cruel é o novo restaurante do chef Luís Américo, responsável por outro restaurante que já com nome no Porto, o Cantina 32 p.e., e, se andarmos mais uns anos para trás, de outros restaurantes que quem é do Porto não esqueceu.
As simpáticas e solicitas colaboradoras explicam-nos as três ementas: uma medrosa (mais tradicional), uma cautelosa (intermédia) e outra cruel (a experiência das experiências).
Pode pedir entradas, pratos principais ou sobremesas de qualquer uma destas ementas. E também pode dividir.

Na ementa, pode ler-se em letras grandes, o lema do restaurante:

A vida pode ser Cruel
Como e esqueça

E assim fizemos!

Bolas de Berlim com mousse de salmão e wasabi, ovos rotos com chouriço e trompetas da morte carpaccio de novilho com folha de Sichuan,  risotto de cogumelos com flocos de atum, tão fininhos que se mexem sozinhos no prato como se estivesse a ter uma alucinação.
A Orelha de elefante com arroz de tomate, requer, claro está, pergunta sobre o que se trata.
Também existem soluções para os que gostam menos de arriscar, bochechas de porco coradas, confitadas e grelhadas (batatas a murro e salada) e a Francesinha dupla à diávola estavam muito boas.

E no final do prato principal, mais uma surpresa, Shot de Cachaça de Jambu (para limpar o paladar), adorei! Adormece a boca por momentos e não é tão agressiva como uma cachaça normal.

Carta de vinhos não muito extensa, mas com propostas pensadas para se enquadrarem com os alimentos e muito interessantes. É dado relevo ao Douro, encontrando-se propostas de pequenos e surpreendentes produtores.
Para quem não quiser vinho, a Sangria é competente, tem é que estar bem fresca para cumprir. Desde dentro da caneca, espreita uma malagueta gigante que nos desperta uma vez mais a imaginação.

O Tiramissú de lima em coma alcoólico ou o toucinho do inferno e Mousse de Chocolate com crocantes de amêndoa, são escolhas bastante acertadas para sobremesa, e uma vez mais, surpreendem pelo sabor, pela qualidade e pela inovação......o toucinho do inferno, só mesmo provando se entende.

Em resumo, uma experiência a não perder, com preços bastante adequeados.
E ainda fica com uma história para contar!

A voltar em breve!

Localização/Ambiente - ****(4)
Serviço - ****(4)
Comida - *****(5)
Relação Qualidade/Preço - ****(4)
Satisfação Global - ****(4)
Estrela Joker Recomendação ComamComam - * (1)

Total - 22 num máximo de 25