Dá que falar, não só pela comida, pelo sitío, pelo serviço, mas sobretudo pela inovação do conceito.
Já não se trata só de almoçar ou jantar, trata-se de ter uma experiência diferente, à mesa, com ingredientes de qualidade e conjugações de sabores, texturas e sensações surpreendentes. Todos os nossos sentido serão chamados para a refeição, é o que nos indicia a leitura da ementa.
Se quiser lá ir, o melhor é marcar mesa, e não se livra dos horários que este sector impõe para se jantar ao fim-de-semana, ou às 20h, ou depois das 22h.
Na porta uma cortina, que se abre para a experiência que vamos ter, uma decoração simples, mas muito interessante, com alguns apontamentos vintage, um espaço não muito grande e um ambiente bastante agradável.
O Cruel é o novo restaurante do chef Luís Américo, responsável por outro restaurante que já com nome no Porto, o Cantina 32 p.e., e, se andarmos mais uns anos para trás, de outros restaurantes que quem é do Porto não esqueceu.
As simpáticas e solicitas colaboradoras explicam-nos as três ementas: uma medrosa (mais tradicional), uma cautelosa (intermédia) e outra cruel (a experiência das experiências).
Pode pedir entradas, pratos principais ou sobremesas de qualquer uma destas ementas. E também pode dividir.
Na ementa, pode ler-se em letras grandes, o lema do restaurante:
A vida pode ser Cruel
Como e esqueça
E assim fizemos!
Bolas de Berlim com mousse de salmão e wasabi, ovos rotos com chouriço e trompetas da morte carpaccio de novilho com folha de Sichuan, risotto de cogumelos com flocos de atum, tão fininhos que se mexem sozinhos no prato como se estivesse a ter uma alucinação.
A Orelha de elefante com arroz de tomate, requer, claro está, pergunta sobre o que se trata.
Também existem soluções para os que gostam menos de arriscar, bochechas de porco coradas, confitadas e grelhadas (batatas a murro e salada) e a Francesinha dupla à diávola estavam muito boas.
E no final do prato principal, mais uma surpresa, Shot de Cachaça de Jambu (para limpar o paladar), adorei! Adormece a boca por momentos e não é tão agressiva como uma cachaça normal.
Carta de vinhos não muito extensa, mas com propostas pensadas para se enquadrarem com os alimentos e muito interessantes. É dado relevo ao Douro, encontrando-se propostas de pequenos e surpreendentes produtores.
Para quem não quiser vinho, a Sangria é competente, tem é que estar bem fresca para cumprir. Desde dentro da caneca, espreita uma malagueta gigante que nos desperta uma vez mais a imaginação.
O Tiramissú de lima em coma alcoólico ou o toucinho do inferno e Mousse de Chocolate com crocantes de amêndoa, são escolhas bastante acertadas para sobremesa, e uma vez mais, surpreendem pelo sabor, pela qualidade e pela inovação......o toucinho do inferno, só mesmo provando se entende.
Em resumo, uma experiência a não perder, com preços bastante adequeados.
E ainda fica com uma história para contar!
A voltar em breve!
Localização/Ambiente - ****(4)
Serviço - ****(4)
Comida - *****(5)
Relação Qualidade/Preço - ****(4)
Satisfação Global - ****(4)
Estrela Joker Recomendação ComamComam - * (1)
Total - 22 num máximo de 25