quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Zé Bota

Hoje vou falar do Zé Bota, restaurante com fama de boa comida.
Duas salas agradáveis, cheias de pormenores que fazem a diferença, para melhor. As paredes, de madeira, são decoradas por pedaços das caixas de vinho, que são coladas depois de os comensais deixarem escrito em pedra (neste caso em madeira) juras de amor à comida e ao serviço do Zé Bota.
A grande maioria dos escritos são de turistas, e são deste ano, pelo que admito que seja uma moda recente.
Populam também pelas duas salas, garrafas dos melhores vinhos portugueses, algumas delas Magnum, sendo a boa garrafeira outra das razões porque é conhecida a casa.
O serviço é de poucos sorrisos, mas eficaz e profissional.
Gostei de umas mini-prateleiras na parede onde podemos colocar a lata do referigerante e a garrafa de vinho.
Bem, passemos ao que mais interessa, a comida, fomos ao almoço e quer a carne de porco assada com castanhas, quer a alheira, apresentaram-se a um nivel superior de confeccao e sabor, muito boa a comida! O preço ainda melhor, os pratos do dia eram a 7euros.
Para sobremesa um cheesecake de framboesa notável e para terminar um café. Os meus olhos ainda pararam no pavé de chocolate (que neste caso não é "pavé", mas para "comé") e no semi-frio de lima, mas terá que ficar para outra ocasião.....

No final do repasto, começou a pairar no ar um cheiro a peixe frito, o que estragou um pouco o quadro final e deve ter relembrado ao dono a necessidade de revisão da exaustão da cozinha.

Notas finais para o acesso Wi-Fi gratuito publicitado também nas paredes e para o facto de, tendo a opcão de pagar por MB ou Visa, os clientes terem um desconto de 5% se pagarem em "cash"!!! Parece-me mais que justo e uma óptima ideia.

Ao almoço, preço médio de 12 euros por pessoa (com vinho da casa). Restaurante a visitar novamente.

Localização/Ambiente - ***(3)
Serviço - ***(3)
Comida - ****(4)
Relação Qualidade/Preço - ****(4)
Satisfação Global - ****(4)
Inovação (+1*)

Total - 19 num máximo de 25



http://www.zebota.com.pt/

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Cêpa Torta

Hoje venho falar-vos do Cêpa Torta, o original, o primeiro, porque já existe um segundo na Rua Senhora da Luz, uns minutos mais à frente.

Lugar pequeno e acolhedor (sugiro reserva), num conceito de tasquinha mais fina. Fuma-se, e muito, sendo que o ar condicionado é a corrente de ar da porta e uma janela no tecto.
Lugar bem frequentado, mas muito barulhento.

A experiência neste restaurante pode nem começar a ser, dado que quando reserva, tem a estranha informação que ou tem disponibilidade a partir das 20h e tem que vagar a mesa até às 22.15h, ou tem disponibilidade a partir das 22.30h. Entendo que por forma a rentabilizar o exíguo espaço seja importante rodar o espaço nas noites de maior afluência, mas o que fazem não se admite e se algum de vós se quiser chatear um dia e não sair à hora marcada, depois gostava que me contassem como é que o restaurante resolve a situação.

Adiante, porque nem tudo são coisas más, o serviço é um pouco bipolar, ora temos um funcionário simpático e solicito, ora temos uma funcionária que gostava de estar noutro lugar a fazer outra coisa qualquer.....

E chegamos à parte em que entendemos o porquê de tantos clientes que se condicionam a horários, sim, falo da comida.
Para começar um pão com tomate e queijo saído do forno, acompanhado de torradinhas com manteiga e alho e um paté fresco e saboroso.
Pedimos sangria tinta que se revelou aceitável, mas existem bons vinhos na carta.

Tudo o que comi até hoje estava bom, pelo que sugiro qualquer dos bifes, o polvo, o camarão catupiry, o cordon blue e qualquer das massas. Entre os bifes o Bife à Cêpa Torta com cebolada e molho de vinho tinto é muito bom.
Terão ainda a opção de tapas portuguesas para partilhar.

As sobremesas não ficam atrás dos pratos principais, uma tarte de limão meregada com leite condensado e bolacha, um cheesecake caseiro ou uma mousse de chocolate, fazem as delicías dos mais gulosos.

Nota: continuo a não compreender a opção de alguns restaurantes em não permitirem o pagamento com Visa e/ou Multibanco, pelo que começarei a penalizar estas situações na análise que faço.

Preço médio por pessoa - 20€

Localização/Ambiente - ***(3)
Serviço - ***(3)
Comida - *****(5)
Relação Qualidade/Preço - ****(4)
Satisfação Global - *****(4)
Não aceita pagamento com Visa (-1)

Total - 18 num máximo de 25




https://www.facebook.com/pages/C%C3%8APA-TORTA/201795794248




sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Adega Regional Passos Perdidos

Quem vai de Vila Pouca de Aguiar em direcção a Vila Real pela estrada nacional, encontra perdido na pequena aldeia de Vilarinho da Samardã um dos sítios de bem comer, onde o tempo passa devagar e onde os todos os nossos sentidos são estimulados.
Logo à chegada somos brindados com uma paisagem de que poucos restaurantes se podem gabar.

A antiga casa rural, transformada em restaurante, tem uma sala ampla com grandes janelas a convidar a apreciar a bela paisagem. O chão de pedra e a decoração da sala dão um ar mais rustico e fresco, ideal para o Verão.
Dentro, uma sala mais intimista, com lareira, forrada a prémios e artigos de jornal, onde é preservada a memória do escritor Camilo Castelo Branco, que ali viveu “os anos mais felizes da minha juventude”.

Lá fora, uns bancos corridos, convidam a uma visita contemplativa enquanto se toma o café ou um digestivo. Uma experiência que recomendo sobretudo com bom tempo.
A um canto poderão ainda encontrar uma mesa de matrecos, onde podem desafiar os familiares ou amigos para uns momentos bem passados.

As refeições são antecedidas por um cesto de entradas que inclui enchidos, azeitonas, queijo de cabra e pão de milho migado com moura e couves.

Nos pratos principais vale a pena experimentar os milhos com carne de porco de vinha-d’alhos – prato premiado num Concurso Nacional de Gastronomia com o 1.º prémio –; o charrisco de vitela Maronesa acompanhado por um arroz de castanhas; o bacalhau com broa regado com azeite e, ainda, o Cabritinho Assado no forno.

Optámos pela Posta à Maronesa e os Rojões à Transmontana, sendo que "exigimos" de acompanhamento em ambos, o famoso e delicioso arroz de castanhas.

Se o cesto de entradas cumpriu com as expectativas, o prato principal encheu as medidas, bem cozinhado e saboroso, com carnes bem temperadas e de boa qualidade.

Acompanhamos com um dos segredos mais bem guardados da região, o vinho da casa, da Adega de Vila Real, Terras de Alleu Branco (encontram a 1,5€ no Jumbo, mas não deve ser por muito tempo).

As sobremesas, servidas em bandeja, são variadas e de confecção própria, de salientar os doces regionais de cereja, abóbora e figo, podendo ser acompanhados do delicioso queijo de cabra. Esta forma de servir nem sempre está disponível, sendo que por vezes a sobremesa é servida à carta.
Em termos de comida é na sobremesa que reside o calcanhar de aquiles da Adega.

Se não fizerem estravagâncias, o preço médio poderá ficar por 20 a 25 € por pessoa.

Localização/Ambiente - *****(5)
Serviço - ***(3)
Comida - ****(4)
Relação Qualidade/Preço - ****(4)
Satisfação Global - *****(4)

Total - 20 num máximo de 25