segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Jesse (mudou de nome em 2015 para Dixo´s Kitchen)


De frente para o mercado Ferreira Borges, quem sobe pela direita encontra um dos melhores restaurantes de Sushi da Cidade. Na recente rua pedonal, uma simpática esplanada a chamar dias de sol e noites de verão, indica-nos o sítio do restaurante.
Mais fundo do que largo, bem decorado, e com um sofá a convidar a escolha dos lugares à direita. Um espelho por cima do mesmo, confere uma sensação de grandeza ao espaço. Em frente, uma parede de azulejos verdes pendurados, imita as escamas do peixe, matéria prima de eleição do espaço. No tecto uma estrutura de madeira em forma de barco suporta a iluminação. Se as mesas não chegarem, ao fundo um balcão com bancos altoa pode ser a solução de recurso.
Logo a seguir ao sofá encontramos o sempre bem disposto Jesse, sushiman que dá o nome ao lugar e que efectivamente consegue convencer e deliciar com as suas criações.
Sushi de fusão, com imaginação e peixe muito fresco, ajudam a esquecer o tempo a passar e a conversa a fluir.
Os funcionários são solicitos, simpáticos e disponíveis. Se tiverem tempo procurem ainda algumas parecenças dos mesmos com figuras públicas. Foi o sítio onde encontrei mais Doppelgangers por metro quadrado.
Quanto ao espaço, uma sugestão, um ar condicionado é absolutamente fundamental para os dias de frio, uma corrente de ar sinistra incomoda os comensais de cada vez que a porta se abre (o que tendo a esplanada a funcionar é recorrente).
Peixe fresco, arroz no ponto, sashimi e nigiri de qualidade e muitas surpresas no sushi, que vão desde a manteiga de amendoim (o Charlie Brown é um must), passando pela ameixa, pela sardinha e acabando no bacalhau. Sempre com qualidade e harmonia entre sabores.
Para beber, Gin, Sangria (Razoável) e bons vinhos.
E para sobremesa, ai para sobremesa......, o brigadeiro com mousse de lima, nem pensem duas vezes, é das melhores sobremesas que já comi! Da última vez tentaram confundir-me porque passaram a ter também o bolo de chocolate com suspiros do BBGourmet, que é também de suspirar por mais!
Vem o café e o fim da experiência.
Sugiro no final, beber um copo às galerias, aproveitar a caminhada, passando pelo Largo São Domingos e pela renovada Rua das Flores, no caminho que levará à noite portuense.

Localização/Ambiente - ****(4)
Serviço - ****(4)
Comida - *****(5)
Relação Qualidade/Preço - ****(4)
Satisfação Global - ****(4)

Total - 21 num máximo de 25









domingo, 23 de novembro de 2014

Cantina 32


Na renovada Rua das Flores, quem começa a subir encontra à sua direita, a Cantina 32, aproveitando o número da porta, conseguiram baptizar de forma interessante o Restaurante.

À entrada uma poltrona de couro à antiga, dá-nos as boas vindas, quase que nos convidando a sentar. Num início estreito cabe uma mesa grande, como se fosse precisamente uma cantina. Mais ao fundo, o espaço alarga e temos uma sala mais ampla, com mesas e cadeiras "desiguais", encontramos um pouco de tudo na decoração. De máquinas de escrever, passando por bicicletas, plantas,escadotes, livros e terrinas. Móveis com ar retro, parecendo que sempre estiveram por ali (e penso que alguns estiveram), ganhando agora outra vida com este projecto. Ao fundo as grandes janelas abertas mostram-nos os telhados laranja do Porto antigo.

Chegamos um pouco cedo, o que poderá justificar o serviço menos competente numa fase inicial, mas que foi melhorando significativamente à medida que a refeição avançou.

Levava na ideia provar os croquetes de alheira e foi uma enorme desilusão quando me disseram que não havia.
Optei por moelas, bastante saborosas e em boa quantidade, tinham a acompanhar corações (cuidado para os mais impressionáveis). O bacalhau à bráz, mostrou-se igualmente competente, mas um furinho abaixo das moelas.

A cadeira de cineasta revelou-se pouco confortável com o decorrer da refeição, pelo que não me imagino numa refeição mais longa, sem necessidade de trocar de poiso.

E o melhor estava guardado para o fim. O "catch" do restaurante e do que toda a gente se lembra para contar, um bolo de bolacha, que vem inteiro para a mesa (ver última fotografia abaixo) e que é cortado ao centímetro, conforme o desejo do comensal. Só isso já seria uma experiência diferente, mas adicionalmente o bolo revelou-se muito, mas muito bom.

Veio o café e a conta, e fui-me embora (não sem antes pagar).

Localização/Ambiente - ****(4)
Serviço - ***(3)
Comida - ****(4)
Relação Qualidade/Preço - ***(3)
Satisfação Global - ****(4)

Total - 18 num máximo de 25




http://www.cantina32.com/
https://www.facebook.com/Cantina32

domingo, 26 de outubro de 2014

Cervejaria Brasão

A Cervejaria Brasão é uma boa notícia para o Porto.
Este irmão mais novo do Yuco aparece no centro da cidade, bem perto de onde bate o coração da noite portuense.
Espaço que prima pela diferença e que causa logo um impacto positivo de imediato. Bem decorado, com madeiras escuras e com ferro forjado, o espaço é muito bem aproveitado com dois mezanines, um de cada lado do restaurante, que permitem potenciar o espaço e a diferenciação.
Tudo foi pensado ao pormenor, a louça tem pintado à mão o brasão que dá nome ao espaço e que encontramos em lugar de destaque na fachada do mesmo, as mesas fazem lembrar as velhas cervejarias de robustas que são (pernas de ferro e tampo em madeira), há pratos pendurados nas paredes e até um relógio antigo para nos dizer a quantas andamos.
Ambiente totalmente cosmopolita, desde os "locals" como eu que apenas querem conhecer, passando pelos que vão a caminho da noite e terminando nos turistas (muitos).
Aberto apenas há alguns dias, tinha já fila à porta e o serviço, apesar de alguns contratempos desculpáveis num período de adaptação, teve algo muito importante e que elevou a fasquia, havia vontade de agradar e de servir bem e isso é meio caminho andado para o sucesso. Mais para o final cheguei a pensar se estava numa cervejaria da baixa ou num restaurante de cinco estrelas, tal foi o esmero com que fui tratado. Parabéns à colaboradora. O jovem dono (que não me era estranho por já nos termos cruzado no Paparico), servia de coordenador e de relações públicas, sendo que sempre que necessário fazia o trabalho comum e fazia-o bem.
Boa Sangria (muita fruta e, a acompanhar, uma colher para a comer), boa cerveja (tem cerveja artesanal de pressão para quem gosta), e jogamos pela certa, pedimos a francesinha. De entrada uns rissois de carne, aceitáveis, mas não bons. Chegou a rainha da noite e que boa que estava, francesinha com um molho muito bom, picante q.b., com a espessura certa e muito saboroso. Ingredientes de primeira qualidade e umas batatas fritas a acompanhar no ponto certo também.
Claro está que no final não havia lugar para uma sobremesa, mas hei-de lá voltar para essa parte.
Fechamos com o café (vem com um miminho) e a conta.
No final cumprimentei o dono e comentei - não sei porque é que ninguém pensou nisto antes!
Pensei eu! - respondeu ele.

Localização/Ambiente - *****(5)
Serviço - ****(4)
Comida - ****(4)
Relação Qualidade/Preço - ****(4)
Satisfação Global - ****(4)
Estrela Joker Recomendação ComamComam - * (1)

Total - 22 num máximo de 25





http://www.brasao.pt/


quarta-feira, 30 de julho de 2014

Casa Santo António (Tasca Gourmet)


Há cerca de dois anos fui à Casa Santo António original, sita na Rua de São Bento da Vitória. Tive na altura um jantar agradável e diferente.
Pelo que soube, o conceito cresceu, e existem já quatro Casa(s) Santo António, pelo que só posso entender a experiência que aqui vou relatar como "dores de crescimento" ou os criadores do conceito não terem entendido que "em equipa que ganha não se mexe" e/ou que crescer sem regra pode implicar desaparecer.
Pode também ter sido um mau dia, um dia em que o Santo tenha ficado em casa.

Num belo dia de Sol, em Junho, fui almoçar à Casa Santo António mesmo ao lado da Torre dos Clérigos, na Rua da Assunção nº 40.
Primeiro sinal, estabelecimento vazio às 13h....

A Casa de Santo António, tal como outros estabelecimentos de género, não tem ementa, a ementa é apresentada em quadro de ardósia preta, escrita a giz, ao longo da parede.
Bancos e mesas de madeira, alguns dos bancos corridos, musica portuguesa de fundo, compõe o ar de tasca mais fina.
Uma funcionária com pouco jeito, e com graves falhas ao nível da comunicação e do que se pode ou não dizer a um cliente,  trouxe cenouras à algarvia (cozidas, temperadas com pimenta e provavelmente cominhos, satisfatórias), azeitonas e pão para a mesa.
Pedimos uma cola zero com gelo e limão e uma Sangria. Fomos informados que não havia gelo, e também não havia limão!!!
A Sangria acabou por vir, mas não tinha, nem fruta, nem estava à temperatura que uma Sangria deveria estar (o culpado poderá ter sido o gelo que não apareceu nesse dia).
Escolhemos alguns petiscos da parede, não sem antes, sabermos que não havia cogumelos em vinho do Porto, dado que o fornecedor de cogumelos também falhou nesse dia.

Escolhemos ovos com farinheira, moelas, rojões, pataniscas de bacalhau e bochecas de porco. Pedimos também uma tábua de queijo com presunto que se revelou a salvação da refeição.
Ovos com farinheira razoáveis, moelas com muita gordura, insipidas e com um molho aguado, rojões duros e sem grande sabor e as bochecas de porco intragáveis, dado que eram mais gordura do que carne. As pataniscas, eram duras, tinham pouco bacalhau e não tinham sido feitas na altura.
 
Ía-me desfazendo em desculpas para com a companhia que arrastei para este pesadelo. Resolvi arriscar tudo e pedir um Cheesecake como sobremesa, surpresa das surpresas, era mesmo um Cheesecake, feito com queijo e seguindo a receita original, e não um desses semi-frios que se encontram por aí. Não chegou no entanto para salvar o dia.
 
Com o café (Nespresso), veio a conta, a qual paguei como se me tivessem roubado.
Saímos, e a tasca continuava vazia.
Pode ter sido apenas um dia mau, e o facto de ser almoço e não jantar (para o qual poderão estar mais talhados), pode de alguma forma justificar as falhas, mas......

Localização/Ambiente - ***(3)
Serviço - **(2)
Comida - **(2)
Relação Qualidade/Preço - **(2)
Satisfação Global - **(2)

Total - 11 num máximo de 25





https://www.facebook.com/tascagourmet


domingo, 1 de junho de 2014

Pizzaria Luzzo

A minha primeira incursão em Lisboa começou da melhor maneira. Que agradável surpresa esta original Pizzaria.
Adicionalmente, o mais importante, a comida, esteve perfeitamente à altura e superou as expectativas.
Decoração bastante agradável, com a madeira de pinho a sobressair e com mesas para todos os gostos, de canto à janela, de dois, de quatro, de muitos (salta à vista uma enorme mesa de madeira onde cabem mais de vinte comensais).
Muito bem recebido e encaminhado para uma mesa minimalista, salta à vista o facto de parecer que em todos os lugares da mesa, em vez de um prato termos uma raquete de Padel, mas sem furos (ver imagem abaixo). São nessas tábuas (fabricadas no mesmo sítio das famosas tábuas do chef Jamie Oliver) que vão ser servidas as fantásticas pizzas que passam pelo forno a lenha antes de chegarem à mesa.
Inovação é o menú, é-nos dado um tablet com um software bastante intuitivo e muito "user friendly". A escolha demora mais porque podemos ir comendo com os olhos, enquanto deslizamos o dedo por todas as opções.
Comi uma Foccacia de entrada (a melhor até hoje), demais para uma só pessoa. Para acompanhar como bebida um Gin que me serviu de aperitivo de bebida à refeição, uma vez que era bem servido.
Relativamente à Pizza, aceitei a sugestão da solicita funcionária e escolhi a Pizza Luzzo - cogumelos salteados, tiras de bacon e ananás caremelizado e que boa estava a Pizza, massa no ponto, e ingredientes de qualidade e q.b..
Para sobremesa uma bola de gelado e um café para terminar.
O tablet não saí da nossa mesa toda a refeição, e à medida que vamos pedindo podemos consultar a conta, permitindo também da melhor maneira não ser surpreendido no final.
Como diz a música - eu hei-de lá voltar!

Localização/Ambiente - ****(4)
Serviço - ***(3)
Comida - *****(5)
Relação Qualidade/Preço - ****(4)
Satisfação Global - ****(4)
Estrela Joker Recomendação ComamComam - * (1)

Total - 21 num máximo de 25





http://www.pizzarialuzzo.pt/

domingo, 6 de abril de 2014

Solar Moinho de Vento

Estimados leitores/comensais, já estavam a pensar que tinha deixado ao abandono este boteco, aberto para vos servir 24h sobre 24h por dia.
Pois, volto hoje, e prometo que a partir de agora terei mais regularidade nas sugestões e críticas dos restaurantes cá do burgo.
E regresso em grande, venho falar do Solar Moinho de Vento, que sempre esteve no centro do Porto, ali bem perto dos Leões e muito perto do "olho do furacão" que se tornou a "movida" portuense e a zona das "galerias".
Já há muito ouvia falar do restaurante, e para mim, foi uma agradável surpresa, assim como que ler um livro que já tinhamos lá por casa há muitos anos e só agora lemos, ou encontrar uma nota no bolso das calças de ganga que já não vestimos desde o ano passado.
Uma entrada muito tapada é sempre arriscada, mas não tenham medo, entrem, não se arrependerão. Por baixo de um telhado à moda antiga, alinhado por traves de madeira, encontramos à nossa esquerda um balcão onde repousa a perna de presunto de onde vão sair as finas fatias para as mesas, sendo que somos assaltados por cheiros de enchidos, queijo e de alguns pratos que afincadamente são preparados na cozinha (completamente aberta) que se encontra ao fundo do balcão e que ocupa parte do vão da escada que nos levará à simpática sala do primeiro andar.
À direita, uma fila de mesas de dois, alinhadas, e onde são colocados os turistas que vão chegando. Penso que já disse aqui neste nosso espaço de partilha, que abomino mesas muito próximas que agridem o espaço e o direito dos comensais. Mas, também já disse que adoro mesas redondas, e aqui no Moinho, vão encontrar pelo menos duas no primeiro andar.
Uma sala mutio agradável, rasgada por janelas em duas frentes e com uma decoração simples, típica e apelativa. Encontramos desde relógios, garrafas magnum dos melhores vinhos, a adereços publicitários de outros tempos que nos fazem retornar uns anos atrás.
Já à mesa, encontramos um serviço que cumpre, mas que não excede expectativas. Começamos com uma tábua de enchidos, juntamente com uns bolinhos de bacalhau e algo que nos enche a alma, um mini queijo "tipo serra", acompanhado de doce de tomate e de umas tostinhas.
Quando for, não vá com pressa, os pratos são feitos na hora e demoram o seu tempo, mas não se irrite, porque o espaço convida a "estar" e conversar. Beba um copo dos bons vinhos que a carta tem e deguste com tempo as entradas.
Para tristeza minha o bacalhau à moinho de vento já tinha esgotado, pelo que não pude comprovar a fama. As escolhas são variadas, vão desde o cozido à portuguesa, tripas à moda do porto, filetes de polvo com arroz do mesmo ou iscas de bacalhau (deliciosas) com arroz malandrinho. Optamos por arroz de bacalhau com ameijoas e por um prato mais simples, mas delicioso, bifes de frango com molho de queijo da serra. O pouco que se falou e o muito que se ouviu "hummm" diz bem do impacto dos pratos principais.
O restaurante merecia umas sobremesas mais impactantes e melhores, a escolha é pouca, e, à excepção da tarte de amêndoa caseira, que é boa, as restantes mousses de limão e de chocolate, são apenas medianas.
O custo, esse sim tem algum impacto, muito por culpa do sítio previligiado e a fama que conseguiu almejar, que permite estar sempre na linha da frente dos roteiros turisticos e nas boas graças dos críticos gastronómicos.
A voltar.

Localização/Ambiente - ****(4)
Serviço - ***(3)
Comida - *****(5)
Relação Qualidade/Preço - ****(4)
Satisfação Global - ****(4)
Estrela Joker Recomendação ComamComam - * (1)

Total - 21 num máximo de 25









http://www.solarmoinhodevento.com
https://www.facebook.com/solarmoinhodevento?fref=ts






domingo, 2 de março de 2014

100 Montaditos


A primeira experiência que tive com os 100 Montaditos, foi em Espanha, mais concretamente em Islantilla e em ambiente de férias. Sair da praia para comer algo e dar de caras com um sitio agradável à vista, com cerveja baratinha e umas mini-sanduiches, acompanhadas de batata-frita, era o ideal para o cenário onde me encontrava e para uma refeição leve, pelo que me levou a ficar com uma impressão muito boa do restaurante.


No 100 Montaditos, o conceito de serviço só existe do lado de lá do balcão, fazemos o nosso pedido, levamos as nossas bebidas para a mesa e quando os "montaditos" estão prontos o funcionário chama pelo nosso nome através de um potente sistema de aúdio. Temos que nos levantar, e mais uma vez, sermos os nossos empregados.
Na altura, para aí em 2010, achei o conceito tão inovador e simples, que cheguei mesmo a procurar o master franchise em Espanha e a enviar-lhe um e-mail, ao qual nunca tive resposta. Achei no entanto que o conceito só funcionaria em determinadas localizações e com bastante tendência para a sazonalidade.
Abriu passado uns anos no Arrábida Shopping em Gaia e é o sítio ideal para se ir antes do cinema ou para uma visita rápida ao shopping. De toda a cadeia Ibérica de restaurantes este deve ser o que terá a melhor vista, o Porto permanece sereno do lado de lá do rio Douro.
Mas voltando ao sistema de chamadas dos clientes, pode tornar-se até cómico, podemos querer brincar um pouco e dar um nome falso (James Bond), ou em alguns casos nem será preciso chegar a tanto, basta que o comensal se chame mesmo Adolfo Dias ou Jacinto Leite, para que a boa disposição possa imperar. A sala é agradável (ver abaixo), mas todo mobiliário é feito para não se demorarem, ou seja, os bancos não são muito confortáveis.
A cerveja é Espanhola, o que não abona em favor, e as sanduiches alteram entre as boas (poucas), as razoáveis (a maioria) e as más (muito poucas). Sugiro pedirem um mix, senão ficarão meia hora ao balcão a escolher, depois até pode ser giro, porque vão ficar a adivinhar o que tem dentro do pão e em alguns casos só saberão se forem à lista ou se perguntarem. É mais um negócio em que o pão é o segredo, quer para o lucro, quer para o produto estrela, e sim, o pãozinho que acomoda os diferentes petiscos é bom.
É um sítio para ir muito de vez em quando, quando se tiver pouco tempo para comer, e necessidade geográfica de andar por ali. Um fast-food diferente.


Localização/Ambiente - ***(3)
Serviço - *(1)
Comida - ***(3)
Relação Qualidade/Preço - **(2)
Satisfação Global - ***(3)

Total - 12 num máximo de 25

 https://www.facebook.com/100MontaditosPortugal




sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Vinum (Graham's)

E atravessado o rio, nas velhas ruas de Gaia, encontramos O VINUM – restaurant & wine bar.
"O restaurante resulta de uma parceria entre a família Symington, produtores de Vinho do Porto há mais de 125 anos, e a família Basca SAGARDI. As duas famílias têm em comum a paixão por bons vinhos e boa comida que mereçam ser partilhados em redor de uma mesa.
Cercada por 3,200 pipas de carvalho onde envelhecem os Vinhos do Porto da Graham's, a sala principal do restaurante está inserida no interior de umas imponentes caves do século XIX. As históricas vigas de madeira de pinho de Riga, suportadas por pilares de ferro, datam de 1890, à época da construção do edifício.
De um lado, paredes imensas de granito, pintadas de branco para transmitir um ambiente mais quente e acolhedor; do outro lado, uma parede de vidro que revela, em todo o seu esplendor, milhares de pipas que contêm alguns dos mais valiosos Vinhos do Porto. Mesas de madeira de castanho tradicionais, iluminadas de forma quente e convidativa, criam uma atmosfera apetecível num entorno incomparável. Esta é realmente uma única sala para desfrutar boa comida e vinho.
No prolongamento da sala principal, encontra-se o Atrium – um espaço onde pode desfrutar, quer de dia quer de noite, de uma paisagem arrebatadora e uma das mais belas vistas de Portugal e da Europa. Debruçado sobre a histórica cidade do Porto (Património da Humanidade pela UNESCO), sobre o rio Douro e a singular Ponte Dom Luís, poucos restaurantes no mundo podem proporcionar este ambiente e cenário."
Assim que entramos somos muito bem recebidos com a oferta de um Porto Tónico ou de um Porto Seco, enquanto aguardamos a mesa, podemos ainda degustar umas tapas ao Balcão, rodeados de vinhos famosos e com história.
Sentados, a carta oferece-nos a cozinha tradicional do Douro, de Trás-os-Montes, do Minho e do Oceano Atlântico. A imaginação solta-se e passando as tradicionais entradas, com bolinhos de bacalhau, alheira, ameijoas e presunto, entramos na descrição dos pratos principais que são de deixar água na boca.
Se estiverem com fome o melhor é não lerem isto, mas aqui vão alguns exemplos, arroz de polvo e castanha, arroz cremoso de camarões do Atlântico, lombo da bacalhau com caldo verde, rabo de boi estufado com Altano Bio e costeletão de vaca velha de trás-os-montes.
A nossa escolha recaíu sobre este último, e como todos nós gostamos de uma boa história, aqui os pratos têm história, e a no que concerne a este, ficamos a saber que a carne e de vaca velha, criada apenas para comer,dado que não dá leite, e cuja carne fica a maturar 20 dias a uma temperatura de 4º. É esta maturação que lhe virá a dar um sabor único e uma textura sem igual que apenas necessita de uma pitada de sal e de grelha para se tornar um prato de eleição. Vem acompanhado de um tachinho vermelho com legumes e de um outro com batatinhas a murro.
Acompanhamos a carne a preceito com um Altano Quinta do Ataíde Reserva 2008, e que boa escolha foi.
A deustação da sobremesa foi apenas a ler, mas posso dizer que a oferta tinha entre outros, tarte de queijo com geleia de mirtilos, tarte fina de maça e sopa fria de frutos secos e biscoitos de cacau com Graham´s Tawny.
Com o café chegaram umas trufas de chocolate e sentimo-nos prontos para ir para casa, isto, não sem antes "roubar" um pouco do cheiro característico da caves e memorizar a fantástica vista do rio, da ponte D.Luiz e das margens que nos acenam um adeus e até breve.


Localização/Ambiente - *****(5)
Serviço - ****(4)
Comida - ****(4)
Relação Qualidade/Preço - ****(4)
Satisfação Global - ****(4)

Total - 21 num máximo de 25





http://vinumatgrahams.com/

Endereço:
Rua do Agro nº 141 (Caves Graham's)
4400-281 Vila Nova de Gaia, Portugal

Telefone:
+351 220930417

Horário:
Wine bar: segunda a domingo, das 10.00 às 24.00 h
Restaurante: de segunda a sexta, das 12.30 às 16.00 h e das 19.30 às 24.00 h; fins-de-semana das 12.30 às 16.00 h e das 19.30 à 01.00 h

Capacidade:
Sala interior: 80 pessoas
Atrium: 50 pessoas
Salas privativas: duas salas privadas, cada uma com capacidade para 14 pessoas

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Venham Mais 5 (A Casa dos Pregos)

Em dia de concerto e dos namorados, deixamos o Coliseu para trás, subimos a rua, e fomos à procura de um sítio para comer, com a Casa Guedes tapada pela multidão à porta, resolvemos procurar por outras paragens.
Em Santo Ildefonso, demos com uma casa cheia, mas com um espacinho ao balcão. Resolvemos arriscar, o tempo não era muito e o facto de estar tão cheio era bom sinal à partida.
Tudo se passou num balcão de ardósia preto, em forma de L, à nossa frente, dois cestos enormes cheios de pão, uma máquina de torrar o mesmo, uma chapa de fitar/grelhar a carne e um expositor cheio de queijos e pimentos padron.
Aviso, vá com a mente aberta, aqui encontra pessoas de todos os estratos sociais e ouve desde poesia, passando pela prosa, calão e vernáculo. Corre mesmo o risco de implorar para ser servido. Ouve a discussão "feia" entre funcionários, vê copos mal lavados, a carne encostada à parede, os seus pedidos não atendidos, mas quando olha para o prego a ir para o cliente ao lado, tudo isso fica esquecido. É tipo uma anestesia visual para o estômago e para a alma, o pão tostado com a carne de vaca suculenta e mal passada, apenas salpicada por sal, coberta pelo queijo saloio/tipo serra derretido pelo calor que ainda trazia da chapa.
Que petisco! Deu vontade de pedir logo outro de seguida. O que melhor acompanha é um fino, mas pode escolher ainda vinho ou uma Sangria.
Sou sincero, nem fui ver a sala de jantar pelo que foi uma experiência sem sentar e no mínimo, diferente.
Cumpriu para suprir a necessidade básica de estar cheio de fome, mas posso dizer que foi um dos melhores pregos que comi na vida. Ao pagar, fui simpaticamente questionado se tinha gostado e cilindrado por estatisticas de em quantas revistas de todo o mundo a casa já tinha tido boas referências.
Vi depois na internet que além da sala o restaurante tem ainda uma esplanada e que, pasmem-se, tem sobremesas.
Seis pregos e 5 bebidas, 27 euros. Não me soube a caro.
A sugestão é mesmo para mudarem o infeliz nome da casa (ver abaixo a designação social), para a Casa dos Pregos, bem o merecem!
Um dia vou voltar para jantar à mesa.


Localização/Ambiente - ***(3)
Serviço - **(2)
Comida - ****(4)
Relação Qualidade/Preço - ****(4)
Satisfação Global - ***(3)

Total - 16 num máximo de 25






https://www.facebook.com/#!/VenhamMais5?fref=ts

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Real Hamburgueria

É verdade, um Hamburguer ainda nos pode surpreender!
Esta história não começou muito bem, mas como tudo o que começa menos bem, terminou muito bem!
Quem sobe a rua da Torrinha, depois de passar Aníbal Cunha encontra do lado esquerdo, a Real Hamburgueria Portuguesa. A primeira vez que lá fui, entrei e saí, estava cheio de gente à espera (bom sinal) e eram só 20.30 de um Sábado qualquer......ainda pedi um cartão para quando fosse outra vez poder marcar, mas informaram-me que não faziam marcações. Acresce que esta não é a única regra, se pensarem num plano infalível (como eu) e enviarem cedinho dois amigos que morem perto para garantir mesa, fiquem a saber que só se poderão sentar quando estiverem todos os convivas!!! Suspeito que jantar na Hamburgueria poderá colocar em causa algumas amizades...
Entramos e deparamos com um restaurante um pouco "frio" a primeira sala tem um balcão comprido onde se pode beber um copo enquanto se espera. Por um pequeno corredor chegamos à sala principal, ampla e com muita luz. Paredes de pedra, mesas e bancos brancos, ajudam a clarear a noite, por cima de casa mesa, uma lâmpada vermelha que poderemos usar sempre que necessitarmos de chamar um colaborador.
Serviço impecável que começa por cativar logo de início, perguntando se se trata da primeira visita e explicando demoradamente cada prato e as especificidades dos menú. Óptamos por quatro Hamburgueres diferentes e revelaram-se todos bastante saborosos e excederam claramente as expectativas. A acompanhar umas batatas fritas caseiras e com sal no ponto. Sobressairam no Hamburguer a qualidade e quantidade da carne de bovino 100% portuguesa (180gr.), a frescura do pão e os ingredientes adicionais que os tornam únicos.
A escolha vai desde o hamburguer mais simples, começando em crescendo com os ingredientes que vão desde, agrião, morcela, presunto, geleia de piri-piri, queijo se serpa, queijo de ovelha, cogumelos portobello, pickels, cebola confitada e acabam nas levezinhas tripas à moda da cidade. O nome de batismo dos pratos ajuda a que a experiência se torne ainda mais engraçada, Troika, o Submarino do Portas, o Tripeiro, o Careto e o Chaparro, são alguns dos nomes. Chegam em grandes pratos ou em ardósias, sempre acompanhados da batata frita e de um molho de maionese e alho.
A acompanhar cervejas artesanais, como a Vadia, a Vadia ou a Maldita. Optei pela última que ainda não conhecia, pela ruiva, e que boa escolha foi, com um travo doce a caramelo e com 9% de alcool revelou-se uma excelente entrada para o jantar. Antes dos hamburgueres, uma entradinha composta por tostinhas de pão bijou, pickels doces (uma boa surpresa) e mozarella salpicado por pimenta.
Para acompanhar os hamburgueres optamos por Sangria que se revelou pobrezinha no aspecto (não tinha fruta) e um pouco doce de mais. Para quem não quiser alcool, a limonada caseira é uma delicia.
A cozinha desta casa é uma animação, vê-se que trabalham com gosto e ao som de música com muito ritmo, não seria mau uma coluna virada cá para fora.
As sobremesas em formato de shot, se acompanhas por café, custam 1,5€, e depois de um farto hamburguer, chegam perfeitamente, mesmo para os mais gulosos. Há requeijão com doce de abóbora, duo de mousse de cacau e trio de maracuja, bolacha e leite condensado.
Chegam os cafés e a conta e a sensação de termos feito uma óptima escolha. Uma noite bem passada e muito satisfeitos!

$ - 12,5€ por pessoa.

Localização/Ambiente - ****(4)
Serviço - ****(4)
Comida - ****(4)
Relação Qualidade/Preço - ****(4)
Satisfação Global - ****(4)
Estrela Joker Remendação ComamComam - * (1)

Total - 21 num máximo de 25




https://www.facebook.com/#!/RealHamburgueria?fref=ts

domingo, 19 de janeiro de 2014

Casa Isa

Por vezes não é preciso ficarmos por casa para nos sentirmos em casa.
Hoje falarei de um restaurante em que o conceito de comida caseira assenta que nem uma luva.
Quem desce a avenida da boavista, vindo da casa da música, depois de passar a rua de agramonte, encontra do lado esquerdo a Casa Isa no primeiro andar de uma antiga casa. Entramos pelo que seria a porta principal, passamos um corredor de azulejos e subimos umas escadas, de madeira, antigas e em caracol inclinado. Chegamos a um hall de entrada, como se de uma casa efectivamente se tratasse (depois de instalados, vemos que efectivamente assim é). A sala do restaurante não é nada mais do que parte da casa a que tiraram, em alguns casos as portas, e noutros as fecharam para sempre para dar consistência à parede.
À semana, ao almoço, será díficil encontrar mesa, sim porque estamos perante um dos melhores restaurantes da cidade na relação qualidade-preço e na genorisidade das doses. Situação que se mantém ao jantar, onde é usual encontrar comensais que se entende pelo à vontade e pela conversa, que fazem do restaurante a sua sala de jantar diariamente.
Coisa interessante é ver também a heterogeniedade em termos étarios e sociais que se encontra no restaurante, diria que é um restaurante do povo para o povo.
Na Casa Isa existe também uma relação de funcionários por metro quadrado acima da média, solicitos, rápidos e simpáticos.
De couvert um pratinho com manteiga e queijo, mas onde sobressaí a deliciosa broa de avintes. Chegamos depois à comida, caseira como já referi, tudo o que já lá comi é bom, panados de perú, panados de porco, bifinhos com colgumelos, lulas grelhadas (para quem está de dieta), petinga frita (como já se encontra pouco) com arroz de feijão ou de tomate (delicioso), jaquinzinhos e filetes de polvo com arroz do mesmo. O risco de não gostar é baixo, muito baixo.
Tem carta de vinhos, mas o vinho da casa cumpre para ajudar a ter a conta magra.
De sobremesas nada sobresaí, sugiro o bolo de bolacha, o toucinho do céu ou fruta.
Café e a conta e seguimos à nossa vida.
A Casa Isa é sempre uma opção a ter em conta quando vamos para os lados da Boavista e queremos comer bem e barato num ambiente familiar.

Localização/Ambiente - ***(3)
Serviço - ***(3)
Comida - ****(4)
Relação Qualidade/Preço - ****(4)
Satisfação Global - ****(4)

Total - 18 num máximo de 25







http://estilosdevida.rtp.pt/rtp/restaurante-casa-isa-generalista-porto-porto-lordelo-do-ouro-128-1.html

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Mister Churrasco (Maia)


Hoje vamos dar novamente um salto à Maia, mais concretamente ao centro da Maia.
O Mister Churrasco é uma referência para os "locals" que recorrem à compra de comida no take-away, mas também daqueles que sabem que aqui se come bem a um preço bastante acessível.
Na minha opinião têm o melhor frango de churrasco da região, na dimensão certa, bem cozinhado, pode levar apenas molho ou molho picante e a um bom preço.
Mas não fiquemos à porta, entremos no restaurante, que nem parece uma churrasqueira, sim, porque aqui não vão ficar a cheirar a churrasco, o espaço é agradável à vista, tons claros, arejado e espaçoso. Para os fumadores existe também uma sala ampla. De uma coisa não se livram, da TV a dar a bola e do barulho quando o espaço começa a encher.
O Staff é rápido, eficaz simpático. O facto de conseguirem não ter grande rotação nos empregados, ajuda a criar uma sensação de se ir "where everibody knows your name".
Mas o Mister é também conhecido por ter as melhores costelinhas da região do Porto, situação que confirmo. São bem temperadas e vão a grelhar o tempo certo, o segredo são estes dois factos conjugados, onde também importa o tamanho e a qualidade da matéria-prima.
Os clientes sabem ainda que em certos dias podem contar com outras especialidades, p.e. ao Sábado o Arroz de Pato (para mim também dos melhores) e ao Domingo as Tripas à Moda do Porto.Para quem goste existe ainda a Picanha, que vem acompanhada de feijão preto, farofa e couve mineira e as lulas grelhadas com camarão que são uma maravilha.
Os pontos fracos do restaurante prendem-se com o curto "ménu" que pode levar a um desgaste a médio prazo e a que os clientes se desviem para outras ofertas. Adicionalmente, terão que saber gerir com inteligência os extra onde o restaurante ganha a sua margem, as salsichas frescas que chegam logo no início à mesa, a salada, o arroz e a batata, são tudo items que poderão engordar a sua conta no final.
As sobremesas apenas cumprem o seu papel de satisfazer os mais gulosos, satisfatoriamente, julgo no entanto que teriam mais a ganhar se tivessem os preços das sobremesas um pouco mais baixos, ou seja, o preço da sobremesa, não me parece proporcionalmente alinhado ao dos pratos principais. Poderão encontrar entre outros, mousse, bolo de bolacha, cheesecake e salada de fruta.
Carta de vinhos curta mas competente, onde para mim o rei é "O Tal Vinho Verde da Lixa". Sempre que a comida o exige a super bock que se serve é bem tirada e na temperatura certa.
Chega o café, pagamos a conta e vamos para casa com a certeza que quando precisarmos de um sítio para comer bem, a bom preço, com bom serviço, teremos no Mister Churrasco a opção certa.
Uma nota menos positiva para o facto de os pagamento por Visa obrigarem o cliente a deslocar-se à caixa para o pagamento.
Um semi-segredo apenas para os poucos que não sabem que o restaurante tem uma porta nas traseiras, e onde se toca à campaínha para entrar. Tentem, normalmente é mais fácil encontrar lugar para estacionar o carro (existe um parque do restaurante, mas estar a chamar parque ao "sítio" é um pouco exagerado).
Vou voltar!

Localização/Ambiente - ***(3)
Serviço - ***(3)
Comida - ****(4)
Relação Qualidade/Preço - *****(5)
Satisfação Global - ****(4)

Total - 19 num máximo de 25





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