quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Antunes


Quem desce o Bonjardim, depois de passar Gonçalo Cristovão e quando a rua começa a estreitar, encontra à direita o Restaurante Antunes, ou como a malta aqui lhe chama o "iTunes".
Casa modesta e sem grandes pretensões estéticas e visuais.
Quem conhece o sítio há muitos anos, conta-me que era um tasco com serrim no chão. Hoje,não chegamos a tanto, casa simples, com duas salas, entramos e à esquerda temos um balcão corrido, para uma refeição rápida ou para beber um fininho enquanto espera pelos restantes comensais. Ao fundo a cozinha, duas ou três mesas e ao meio uma cruz, dois homens parados e uma linda luz.....desculpem mas deixei-me empolgar pelo "Fado".
Uma segunda sala com as mesas decoradas como poderão ver na imagem abaixo e para onde todos se dirigem quando entram. Não estranhem ouvir falar inglês e francês porque este é um dos segredos no Porto, que tem lugar cativo em todos os guias de viagem na cidade.
Sou suspeito porque sou cliente regular, mas o serviço é bom, atencioso e familiar. Se lá forem o Vitor irá tratar-vos bem concerteza.
Bem, mas vamos ao que importa, começamos por mandar vir um belo jarro de Espadal, bastante fresco e que vem com uns copos tirados do congelador. Muito bom! Entram ao mesmo tempo uns pratos com umas torradas com alho caseiras e deliciosas, acompanha um segundo prato com um combate entre chamuças e bolinhos de bacalhau, que se ficam por um empate, dado que são igualmente bons!
Depois, bem, depois só têm que pedir o prato rei da casa - o belo do Pernil Assado no Forno a Lenha. Vem numa travessa rústica acompanhado de batatas assadas, um "cantinho de esparregado"e um arroz simples.
O pernil é muito bom tostado por fora, bem cozinhado por dentro, claramente o melhor que comi até hoje. É como estar a comer um fiambre cozinhado com um sabor inigualável. Um reparo (que já fiz algumas vezes pessoalmente) para as batatas, que, como o tempo para assar não é o mesmo do Pernil, chegam muitas vezes pouco tostadas, quase que cozidas.
Sugiro que peçam logo à partida para trazer mais esparregado, que delicia!
Uma nota, o pernil chega bem para três adultos que comam normalmente, o que muito agrada na altura de pagar.
Se a coisa correr bem, e a conversa fluir, outro jarro de Espadal terá que forçosamente vir...
E chegados à sobremesa, temos a preços que já não se usam, as famosas Rabanadas do Antunes, boas, muito boas. Uma mousse, docinha, com um travo a caramelo, mas que considero também muito boa.
Por fim, o café para preparar a partida.
Vamos, como chegamos, com um aperto de mão e com vontade de voltar em breve.

Localização/Ambiente - ****(4)
Serviço - ****(4)
Comida - ****(4)
Relação Qualidade/Preço - *****(5)
Satisfação Global - ****(4)
Joker Recomendação ComamComam (1)
Total - 22 num máximo de 25
 









sábado, 26 de outubro de 2013

O Afonso

Quem sobe a Rua da Torrinha do lado direito encontra uma pequena entrada de um Snack Bar chamado "O Afonso", um dos sítios no Porto onde a Francesinha é rainha.
Ao contrário de alguns críticos, não considero a Francesinha um parente pobre da restauração, alias, sou um grande apreciador e acho que existe,quer no mercado, quer nos clientes um nível de exigência cada vez maior para com este prato.
Não sei se vos acontece, mas dou por mim a desejar desesperadamente uma Francesinha, quando estou muitas semanas fora da cidade.
Voltando ao Afonso, entrada pequena, mas espaço bastante comprido, com várias mesas e com um balcão onde podemos sempre avistar o Afonso a fazer, com carinho e com tempo,o prato que dá fama ao Snack Bar. Sim, não vale a pena ir com pressa, porque a Francesinha é feita segundo um ritual que não admite pressões, tal qual uma linha de montagem de uma fábrica lá estão as máquinas alinhadas a grelhar os ingredientes à temperatura certa e o Afonso concentradíssimo no processo.
O espaço é também uma homenagem a Ayrton Senna, por todo o lado vemos fotografias, bonecos, réplicas dos carros que pilotou, capacetes, fatos e mesmo um pneu de fórmula 1. Nas paredes podemos ainda encontrar fotografias dos donos com algumas figuras públicas.
Já sentado sou presenteado com bola de carne (caseira e ainda quente), rissoís,chamuças, um fino à temperatura certa e algo que já não é muito comum encontrar, amendoins com casca. São assim o entretenimento para o tempo de espera pelo prato principal e o conforto para o estômago.
Funcionários simpáticos e dedicados, que sabem no tempo certo quando precisamos de mais molho ou de um novo fino.
A Francesinha é boa, muito boa, com bons ingredientes e com um molho puxadinho, daqueles que dá luta, ficámos a transpirar e necessitamos de ajuda da bela cerveja.
De sobremesas não vos sei contar, já lá fui muitas vezes, mas no fim, apenas sobra espaço para um cafézinho.
Tem multibanco, mas daqueles que ainda não são wireless, temos que ir atéao balcão, onde pagamos e nos despedimos do Afonso.
Da última vez que lá fui, vigorava a festa da Francesinha e por 10€ tinha direito à dita e a duas cervejas.

Localização/Ambiente - ***(3)
Serviço - ***(3)
Comida - ****(4)
Relação Qualidade/Preço - ****(4)
Satisfação Global - ****(4)

Total - 20 num máximo de 25





https://www.facebook.com/oafonsofrancesinhas

domingo, 13 de outubro de 2013

Mizu

Começa aqui a minha primeira incursão no campo do Sushi e afins.
A Maia, mais precisamente o centro da Maia, já merecia há muito um restaurante assim, moderno, bem decorado, muito "clean" e com gente jovem a tentar a sua sorte na área da restauração.
Atendimento simpático, profissional e prestável.
Tem um conceito de anti-sushi, para quem aprecia sushi, com pratos bastante bons e apelativos, como os mini hamburguers com arroz japonês e molho teriyaki (deliciosos) ou o prego japonês.
À semana tem menús executivos a partir de 9,50€,com entrada, prato (sushi ou anti-sushi), bebida e café.
Na última visita iniciei a refeição com uma sopa de miso, copo de vinho branco (e é mesmo um copo, não como em alguns sitios em que um copo, é um terço de copo) e um mix 12 peças de sushi. Terminei com um café.
O sushi é optimo e foge à monotonia, com rolos frios, quentes e dragons, em que a diferença de sabores e texturas entre as peças vai supreendendo.
O almoço fica mais em conta, mas o jantar recomenda-se também, a qualidade da comida mantêm-se e sugere-se ir com tempo e com amigos, o ambiente convida à socialização e à degustação.
O restaurante tem ainda Take Away com Mix Sushi Free Style de 15 peças a partir de 18 Euros. Convém ligar antes, porque é tudo feito na hora e será necessário perguntar ao Sushiman o tempo de espera.

Localização/Ambiente - ****(4)
Serviço - ***(3)
Comida - ****(4)
Relação Qualidade/Preço - ***(3)
Satisfação Global - ****(4)

Total - 20 num máximo de 25





https://www.facebook.com/#!/pages/MIZU/501712826520448?fref=ts

http://www.mizu.pt

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Tascö


No fim de semana demos um salto até ao centro da "movida" do Porto e em boa hora o fizemos.
O Tascö abriu em Junho, no 151 da Rua do Almada, fica logo alí à direita, quem saí a correr do túnel de ceuta a caminho da meta na corrida de S. Silvestre.
Chegamos à hora reservada e um dos responsáveis veio "cá fora" ao mini-alpendre, pedir desculpa porque a mesa ainda não estava pronta, os anteriores comensais entravam sem pressas no pedido dos cafés. Entregou as listas e sugeriu a oferta de uma bebida enquanto esperávamos. Logo à partida surpreendeu pela postura, pela comunicação e pela preocupação, ficamos tão bem impressionados que dissemos nada querer, que ficariamos bem apenas a conversar enquanto esperávamos.
Surpresa, o senhor das calças vermelhas (sim, os funcionários usam camisa branca e calças vermelhas) apareceu do nada, com uma magnífica tábua de enchidos e queijos, uma oferta, desculpando-se pelo tempo de espera.
O "core" são as tapas portuguesas, feitas na hora e servidas à maneira, em tábuas de madeira ou em tachinhos de alumínio. Boa carta de vinhos e com preços não muito puxados (Esteva ou Kopke na ordem dos 8 euros), para apreciadores há também Sangria.
Já acomodados, apreciamos o espaço, com mesas amplas e espaçosas, e uma utilização interessante de toros de madeira que preenchem na totalidade algumas arcadas nas paredes. Há também uma lousa gigante e o respectivo giz, para deixar recados e pensamentos.
Passamos pelas mãos de três funcionários, e conseguiram algo muito bom, uma consistência no serviço e na simpatia. A um deles apelidei carinhosamente de Ragnar Lothbrok, tal a semelhança com um personagem saído da série dos Vikings.
Comemos, além de nova tábua de queijos e enchidos (que traziam uma mini-compota), pataniscas de bacalhau, amêijoas à Bulhão Pato, morcela de Lamego grelhada com cebola, pica -pau (e que bom que estava) e moelas estufadas com molho picante (confirma-se que pica). Tudo acompanhado com pãozinho e broa e umas batatas fritas caseiras e muito finas servidas num vaso de alumínio.
Nas sobremesas, houve um empate entre a mousse (caseira e boa, mas já comi melhores) e um gelado de nata caseira com manto de morangos frescos triturados (disseram-me que estava em primeiro no top).
Pagamos, com vinho (2) e sobremesas, 15 aerios por pessoa, uma pechincha para a qualidade da comida e do serviço. E no fim, ainda dá para ir a pé até às galerias sem o risco de apanhar uma operação stop.
Li, não vi, que no primeiro andar existe ainda uma outra sala, mas penso que para já não está a ser utilizada.
A aposta no serviço, na qualidade da comida e nos pormenores, faz com que seja um lugar a revisitar asap.

Localização/Ambiente - ****(4)
Serviço - ****(4)
Comida - ****(4)
Relação Qualidade/Preço - ****(4)
Satisfação Global - ****(4)
Boa experiência (+1)

Total - 21 num máximo de 25


https://www.facebook.com/pages/tasc%C3%B6/132698113548146